A 5ª edição do 𝗜𝗻𝗱𝗶𝗰𝗲 𝗱𝗲 𝗧𝗿𝗮𝗻𝘀𝗽𝗮𝗿ê𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗱𝗮 𝗠𝗼𝗱𝗮 (𝗜𝗧𝗠) 𝗕𝗿𝗮𝘀𝗶𝗹 traz uma análise das políticas, práticas e impactos socioambientais divulgados por 60 grandes marcas e varejistas do setor. São mais de 200 indicadores sobre compras, salário justo, igualdade de gênero e racial, circularidade, clima e biodiversidade, rastreabilidade da cadeia de fornecimento, entre outros.
O relatório foi elaborado pelo Fashion Revolution e Fashion Revolution Brasil, e contou com parceria técnica da ABC Associados com apoio da Em Roda Estratégia e Sustentabilidade, tendo a nossa Diretora, Mariana Kohler Pereira a frente, com seu histórico de atuação em diversos projetos na cadeia da moda.
O ITM não é um guia para orientar a sua compra, mas a transparência de dados confiáveis, detalhados e comparáveis de uma empresa é uma ferramenta para alcançar uma moda mais sustentável, responsável, justa e digna. E por meio das etapas de verificação, prestação de contas e mudanças, será possível identificar, denunciar e resolver suspeitas de abusos em relação aos direitos dos trabalhadores que são diariamente violados.
A moda é uma das indústrias mais poluentes do mundo. Apesar da crescente perda da biodiversidade brasileira, nenhuma das 60 maiores marcas e varejistas analisadas divulgam publicamente compromissos mensuráveis e com prazo determinado para desmatamento zero. O estudo deste ano destaca que 67% das empresas não informaram sobre suas listas de fornecedores.
A pesquisa revela que o setor tende a divulgar mais informações publicamente sobre seus políticas e compromissos, mas menos sobre resultados e impactos. As marcas continuam informando mais sobre suas próprias instalações do que sobre a cadeia de fornecedores, que é onde reside a maior parte dos riscos.
Por isso, é fundamental uma maior transparência da indústria para sabermos em que condições nossas roupas são feitas e contar com o engajamento de cidadãos, consumidores, marcas, governos, ONGs, entre outros atores envolvidos.